O esgotamento profissional, conhecido como Burnout, e outras doenças emocionais relacionadas ao trabalho, como ansiedade e depressão, têm se tornado cada vez mais comuns em um mercado de alta pressão. Esses distúrbios podem levar a crises que incapacitam o profissional temporariamente, afetando sua produtividade e bem-estar.
Por experiência, sabemos que casos assim não são raros na área da comunicação, onde e a cobrança por desempenho e o pela informação precisa são permanentes. Em crise, quando não há suporte adequado da empresa, muitos funcionários não aguentam a crise emocional e acabam pedindo demissão ou sendo desligados, seja por baixo desempenho ou por falta de adaptação às demandas.
A demissão em decorrência de questões de saúde mental pode ser um processo delicado, tanto para o empregador quanto para o colaborador. Se a doença for reconhecida como ocupacional, o trabalhador pode ter direito a estabilidade provisória ou até mesmo a ações trabalhistas em casos de demissão sem justa causa. Por outro lado, muitos profissionais, após um período de afastamento e tratamento, buscam retornar ao mercado, mas enfrentam desafios como o preconceito e a dificuldade de reinserção em ambientes que não priorizam a saúde mental.
Nós sabemos muito bem que a volta ao trabalho após um quadro de Burnout exige preparo tanto do profissional quanto da empresa. Flexibilidade, adaptação de carga horária e um ambiente mais acolhedor são fundamentais para uma transição saudável.
Ter acompanhamento psicológico e jurídico pode ajudar a garantir que os direitos sejam respeitados, evitando novas crises. Empresas que investem em políticas de bem-estar reduzem turnover e ganham em produtividade, enquanto profissionais que priorizam seus limites constroem carreiras mais sustentáveis.