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Sou jornalista, quais os meus principais direitos trabalhistas?

05/02/2025

Os jornalistas, como profissionais que atuam na coleta, produção e divulgação de informações, possuem direitos trabalhistas garantidos por lei, que visam assegurar condições dignas de trabalho e proteção em sua atividade.

No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a convenção coletiva do sindicato são os principais instrumentos legais que regem essas garantias a todos  os jornalistas.

Entre os direitos básicos estão a jornada de trabalho semanal (que varia dependendo da função), o pagamento de horas extras quando excedido esse limite (com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da hora normal), o descanso semanal remunerado e o direito a férias anuais de 30 dias, com acréscimo de um terço do salário.

Além disso, é proibida a acumulação de funções que não estejam previstas no contrato de trabalho, a menos que haja concordância expressa do jornalista e pagamento adicional por essa atividade extra.

Outro direito importante é a equiparação salarial, que garante que jornalistas que exercem funções iguais ou equivalentes, com a mesma produtividade e tempo de serviço, recebam salários iguais, sem distinção. Isso evita disparidades injustas e promove a igualdade no ambiente de trabalho.

Além disso, os jornalistas têm direito a um piso salarial estabelecido por convenções coletivas de trabalho, que variam conforme o estado e o sindicato da categoria. Esses acordos também podem prever benefícios adicionais, como auxílio-transporte, vale-refeição ou alimentação, e planos de saúde. Jornalistas que atuam em condições insalubres ou perigosas, como em zonas de conflito ou coberturas de alto risco, têm direito a adicionais salariais específicos para compensar esses riscos.

Por fim, os jornalistas também têm direito à liberdade de expressão e à proteção de suas fontes, assegurados tanto pela Constituição Federal quanto pelo Código de Ética dos Jornalistas. Esses direitos são essenciais para o exercício da profissão, permitindo que atuem com independência e responsabilidade, sem medo de represálias.

No entanto, é crucial que os profissionais estejam atentos às suas condições de trabalho e busquem o apoio de sindicatos e entidades de classe para garantir que seus direitos, como a proibição de acumulação de funções não contratadas, a equiparação salarial e o pagamento correto de horas extras, sejam respeitados.

A valorização desses direitos contribui para um ambiente de trabalho mais justo e digno.

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